Percepção humana

Na natureza há um processo contínuo de movimento e transformação da matéria em diferentes níveis de sua organização, em diferentes velocidades, com diferentes estados de fase, condições físicas e outras, etc. A ciência provou que se o olho humano não pode ver essas transformações, isso não significa que esses processos não existam. No entanto, cada mudança na natureza deve ter uma base suficiente... A tarefa fundamental da física moderna é encontrar a primeira causa que opera de acordo com a lei imutável e determina toda a diversidade de causas consequentes que alteram os fenômenos e o curso dos acontecimentos.


 

Hoje, assim como na antiguidade, a física está indissociavelmente ligada à filosofia e, nos tempos mais antigos, estava ligada ao conhecimento espiritual; mais precisamente, a física existia como um suplemento a ele, dando respostas às questões relativas à vida do macro e do microcosmo, invisíveis ao ser humano. Isso foi conhecimento sobre o nascimento, estrutura e evolução do Universo, os ciclos de sua morte e renascimento, sobre a estrutura dos mundos visível e invisível, sobre o homem, sua estrutura multidimensional no mundo invisível, sobre suas reais habilidades e sua principal força e a parte mais importante - a natureza espiritual. Os fundamentos da física primordial serviram como um suplemento à compreensão do homem sobre o verdadeiro significado espiritual da sua existência transitória neste mundo ilusório.


 

Já pensou por que motivo as visões espirituais do mundo e da natureza humana genuína foram removidas e substituídas por visões filosóficas materialistas na sociedade moderna? E por que a cosmovisão científica até agora é explicada no formato de visões filosóficas modernas (ideias materialistas sobre os princípios gerais e as leis da estrutura mundial)? Isto significa que processos como o nascimento e a evolução do Universo, a origem do tempo e do espaço, as partículas elementares, o microcosmo, a origem e a evolução da vida são estudados teoricamente, ao nível do conhecimento científico e das hipóteses existentes. As mesmas questões foram levantadas também em antigos textos espirituais de nações do mundo, mas como um suplemento ao conhecimento sobre o homem, o significado de sua existência e o significado de sua transformação espiritual.

Aqui deixamos de lado a questão de como e quem deu esse conhecimento único do micro e macrocosmo invisível a pessoas de alta antiguidade. É interessante que o homem como criatura biológica, como residente do mundo tridimensional, esteja substancialmente limitado em sua percepção (e, consequentemente, conhecimento) da realidade circundante. Em outras palavras, se alguém não lhe fala de alguns fenômenos que existem fora do mundo visível e não lhe ensina a usá-los, então será impossível que ele mesmo faça isso. Um exemplo são as chamadas pessoas selvagens (que cresceram isoladas da sociedade humana, entre animais selvagens), crianças que por alguma razão foram socialmente isoladas desde a sua infância, sem contato com as pessoas e sem oportunidade de adquirir conhecimento - vantagem e experiência social. Psicólogos, médicos e sociólogos já sabiam de tais exemplos há muito tempo.


 

O que compõe a visão que o homem tem do mundo, de si mesmo, da sua vida? Como se formam as suas percepções? Qual informação ele toma como base da sua visão do mundo (em quê acredita)? O que ele chama de “realidade” e o que é o mundo real? Se considerarmos estas questões do ponto de vista da física, é óbvio que o homem possui uma percepção muito limitada do mundo circundante, deste vasto oceano de campos físicos, do espectro de ondas eletromagnéticas de diferentes frequências, de toda esta diversidade e variedade de formas de vida e de fenômenos naturais que existem no mundo material. Como observador, ele está trancado no sistema do mundo tridimensional e pode perceber apenas a sua pequena parte com a ajuda do seu corpo, ou seja, os seus órgãos sensoriais. Mas qual é o limite deste último? Um simples exemplo - olhos. O homem recebe a informação básica sobre o mundo que o rodeia com a ajuda da visão. O olho humano pode ver as ondas eletromagnéticas de 400 a 760 nanômetros de comprimento. O homem não vê nada que esteja fora deste espectro, portanto, em seu cérebro não há nenhuma realidade que esteja fora desta faixa de comprimento de onda. O mesmo com o som que é percebido pelo homem apenas dentro da faixa de 16 a 20 kHz (para comparação, as faixas de audição de alguns animais são de até 200 kHz, insetos - até 500 kHz). Os nossos órgãos sensoriais fornecem informação bastante pobre sobre o mundo externo e, como resultado, obtemos uma falsa imagem não só da amplitude espacial da realidade externa, mas também da natureza estática de muitos objetos visíveis, isto é, existe algum tipo de ilusão na percepção do homem. No entanto, na realidade não há nenhum objeto material que possa estar em estado de repouso absoluto, pois tudo está em movimento, tanto no micro como no macrocosmo.


 

O corpo humano é toda uma planta química que gera e consome energia e só pode existir sob um conjunto de determinadas condições, por exemplo, determinado campo gravitacional, atmosfera, água, elementos nutritivos necessários para a sobrevivência do organismo, etc. Este é um objeto biofísico complicado capaz de transformar a informação de entrada de natureza diversa em sinais elétricos (impulsos nervosos) que são lidos e processados pelo sistema nervoso central. Os processos bioquímicos no organismo de um adulto médio envolvem triliões (!) de minúsculos micro-objetos vivos, mais precisamente, sistemas vivos - células que sustentam a vida deste sistema complexo e que interagem e se adaptam constantemente às condições de mudança. E todas estas células consistem em partículas elementares que existem ao nível da física quântica de acordo com leis bastante diferentes (ao contrário das leis da física clássica), onde no centro de tudo - energia e informação. Em outras palavras, a química do mundo visível é baseada na física do mundo invisível.


 

Em geral, a percepção que o homem tem da realidade é subjetiva. O cérebro humano, embora seja muito complexo, tem capacidades consideravelmente limitadas e só pode operar sob certas condições específicas. A informação sobre a realidade circundante é percebida por um indivíduo atrasado e distorcido espacialmente. Por exemplo, uma distorção espacial da percepção pode ser causada por uma velocidade diferente na qual ondas sonoras (mecânicas) e de luz (eletromagnéticas) passam por diferentes meios e materiais, bem como pela dispersão, reflexão e interferência das ondas. Significa que o homem não obtém a informação fragmentária inteira, mas desarticulada. Os modelos de percepção da realidade envolvente são bastante subjetivos. O homem percebe a realidade circundante com a ajuda da consciência, das associações adquiridas relacionadas com o mundo tridimensional. Em outras palavras, ele “mede” todos os processos e fenômenos por tridimensionalidade e procura por semelhanças. Portanto, a consciência sintonizada com a percepção estereotipada do mundo na vida quotidiana perde de vista muitas coisas devido à falta de compreensão de processos e fenômenos desconhecidos. A percepção estereotipada do homem da sociedade de consumo com pensamento materialista pode ser expressa nas palavras de caráter bíblico – o duvidoso Tomé: “Não acreditarei até ver com meus próprios olhos”. No entanto, o representante da comunidade espiritual (Jesus) deu uma proeminente resposta: “Bemaventurados os que não viram e ainda acreditaram!” Do ponto de vista da FÍSICA PRIMORDIAL DA ALLATRA a última expressão é mais do que justa; diz respeito não só à vida espiritual das pessoas, mas também aos processos globais que acontecem no microcosmos ao nível da grade ezósmica. (Nota: para mais informações, consulte a seção “Grade Ezósmica”).


 

Se olharmos para esta questão a partir da perspectiva da física quântica, o homem vive no sistema de ilusões. E se olharmos para esta questão a partir da perspectiva do conhecimento espiritual, então tudo o que impede o homem de compreender e perceber a natureza ilusória deste mundo é apenas uma qualidade negativa da sua consciência como o orgulho, que é uma armadilha do sistema da mente material que faz do homem não apenas um escravo de seus desejos, mas o transforma em “uma vaca leiteira” para o sistema, um morto-vivo. Não é por acaso que os antigos sábios, ao transferir o conhecimento das gera- ções anteriores, prestaram atenção ao fato de que tudo o que o homem percebe no mundo visível é de fato irreal, e que ele tem a oportunidade de desenvolver outro tipo de percepção que é qualitativamente diferente da falsa percepção ilusória da realidade imposta pelo sistema material.


 

Como consequência de todas estas e outras razões semelhantes, é impossível falar com precisão sobre processos complexos de funcionamento do mundo material do Universo, que estão além da percepção limitada do homem como residente do mundo tridimensional. No entanto, o conhecimento deles adaptado para a percepção humana existe desde os tempos antigos. De acordo com o tratado antigo, este conhecimento era tido como sagrado, sendo cuidadosamente transmitido de geração em geração. É óbvio que ele se destinava a ajudar as pessoas a compreenderem muito mais sobre si próprias, sobre a sua verdadeira natureza, sobre o seu significado espiritual da vida, enquanto aprendem o mundo, e a poderem usar este conhecimento adicional dos processos invisíveis do mundo material apenas para a transformação espiritual.


 

Muito do conhecimento antigo foi transmitido de geração em geração, na forma de  associações , que podiam ser compreendidas pela maioria das pessoas de certo tempo, vivendo em certas regiões do mundo. E não é uma surpresa. Hoje em dia, na física quântica, os cientistas utilizam com sucesso o método da analogia, graças ao qual criam teorias abstratas e vários modelos destinados a explicar os processos do mundo invisível que não podem ser percebidos pelo olho humano, com a ajuda de comparações associativas e de forma compreensível para as pessoas. Além disso, quanto mais amplo é o conjunto de associações que os próprios cientistas têm, mais compreensíveis são as teorias que estão sendo explicadas para as pessoas da civilização moderna.


 

Nos tempos antigos, o conhecimento era transmitido com a ajuda de analogias que eram compreensíveis e claras para as pessoas daquela época. Por exemplo, pode-se explicar o conhecimento do Universo e do mundo invisível para as pessoas que vivem no litoral com a ajuda de analogias de processos que eram bem conhecidos da população local, tais como os fenômenos acontecendo no oceano, exemplos figurativos ligados à água e hábitos dos habitantes subaquá-ticos.. Aqueles que viviam em pradarias e regiões florestais entenderam melhor as associações ligadas à agricultura, desenvolvimento e crescimento de plantas, árvores, características e hábitos dos animais. No entanto, para a maioria das pessoas, as associações mais compreensíveis foram exemplos da vida cotidiana, ligadas à vida da comunidade, às relações das pessoas. Quando se possui o conhecimento moral primitivo, todos estes paralelos são fáceis de traçar enquanto se analisam as culturas das diferentes nações.


 

A julgar pelos dados existentes, podemos destacar duas razões principais pelas quais o conhecimento do macro e do microcosmo foi dado como suplementar ao conhecimento espiritual nos tempos antigos. A primeira razão: para que o homem perceba o sentido principal de sua vida de curto prazo, que é a transformação espiritual. A segunda razão: para que o homem faça sua escolha consciente e madura entre o domínio dos valores materiais ou espirituais em sua vida (no sentido da cosmovisão pessoal dominante e do objetivo principal da vida). E para que o homem possa fazer sua escolha adequadamente, deve estar consciente dos riscos, especificidades e ações estereotipadas do mundo invisível do “sistema inteligente” material, no qual ele como Personalidade e seu corpo existem temporariamente. (Nota: para mais informações em formação, consulte o livro “AllatRa”).


 

Mais tarde, infelizmente, devido à falta de compreensão do conhecimento antigo e à perda das principais chaves para a decodificação desse conhecimento com o tempo, o conhecimento dos processos do macro e do microcosmo foi interpretado de outra forma, no sentido literal dos exemplos descritos, ou seja, usando o pensamento primitivo. Hoje, graças aos cientistas modernos que estudam esta questão com imparcialidade, um rico material cultural de todo o mundo foi coletado. Ele testemunha o fato de que o conhecimento sagrado, o mesmo em sua essência, era conhecido por pessoas em diferentes continentes em diferentes épocas. Portanto, hoje, levando em conta a riqueza cultural, espiritual e patrimonial da civilização humana e tendo suas chaves - os fundamentos da FÍSICA PRIMORDIAL DA ALLATRA - a humanidade pode não só compreender o seu passado primordial, como também mudar o seu futuro.


 

Vale mencionar que, se uma pessoa com uma mente curiosa e um pensamento livre, que não seja cego por estereótipos de “autoridades responsáveis” amplamente reconhecidos pela sociedade de consumo, começar a explorar a si mesma e a examinar tudo cuidadosamente a partir da perspectiva do conhecimento físico primordial e da herança espiritual e cultural comum da civilização humana, ela começará a compreender e a aprender melhor espiritualmente. Além disso, ele começará a ver as verdadeiras razões da crise espiritual-moral global de hoje, as razões da criação de condições artificiais que levam à desestabilização do estado do homem e da sociedade moderna. Mas o principal é que no processo de um aprendizado tão profundo, o homem será capaz de perceber não só como mudar radicalmente a situação, mas também como alcançar um estágio evolutivo totalmente novo de desenvolvimento, tanto da Personalidade e da sociedade como um todo. E isso se aplica tanto ao desenvolvimento da civilização de um modo primordialmente espiritual quanto aos avanços na ciência e aos incríveis resultados do progresso técnico. Como eles dizem, todo o novo é o velho esquecido.


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